O termo abacaxi (em português) é, com forte probabilidade, oriundo do tupi ibacati, ‘bodum ou fedor de fruto’, ‘fruto fedorento’ (ibá, ‘fruto’, cati, ‘recender ou cheirar fortemente’), documentado já no início do séc. XIX.
O termo ananás (em português e espanhol) é do guarani naná, e documentado em português na primeira metade do séc. XVI e em espanhol na segunda (1578), em que é empréstimo do português do Brasil ou da sua língua geral. O termo abacaxi também é um termo ameríndio.
O abacaxi é um fruto-símbolo de regiões tropicais e subtropicais, de grande aceitação em todo o mundo, quer ao natural, quer industrializado: agrada aos olhos, ao paladar e ao olfato. Por essas razões e por ter uma "coroa" , cabe-lhe por vezes o cognome de "rei dos frutos", que lhe foi dado, logo após seu descobrimento, pelos portugueses.
Na linguagem corrente do Brasil tal como em Angola, costuma-se designar por ananás os frutos de plantas não cultivadas ou de variedades menos conhecidas ou de qualidade inferior. Por sua vez, a palavra abacaxi costuma ser empregada não apenas para designar o fruto de melhor qualidade, mas a própria planta que o produz.
Na gíria brasileira, abacaxi significa 'algo que não dá bom resultado, coisa embrulhada ou que não presta'. Este fato provavelmente se deve a seu visual espinhoso e ressequido, bem como a dificuldade para descascá-lo sem se ferir com suas farpas, presentes tanto na "coroa" quanto na própria casca. Descascar o abacaxi, uma extensão da mesma gíria, significa resolver um problema difícil.
O abacaxizeiro é planta semiperene, que alcança um metro de altura. Primeiro produz um único fruto, situado no ápice; depois, com a ramificação lateral do talo, aparecem outros frutos, de modo que a fase produtiva pode prolongar-se por vários anos. Quando adulto, é constituído de raízes, talo (caule), folhas, frutos e mudas. O sistema radicular, do tipo fasciculado, é superficial, pois a maior parte das raízes fica nos primeiros 15 cm de solo. O talo apresenta o formato de uma clava, relativamente curta e grossa. As folhas têm forma de calha, com espinhos e estão inseridas no talo, formando uma densa espiral dextrogira e levogira.
A inflorescência é uma espiga, formada de flores completas, cada uma localizada na axila de uma bráctea. O fruto é composto, do tipo sorose, e resulta da coalescência de um grande número de frutos simples (100 a 200), do tipo baga, denominados frutilhos, os quais estão inseridos num eixo central, coração ou miolo, em disposição espiralada e intimamente soldados uns aos outros. No ápice do fruto existe um tufo de folhas – a coroa – resultante do tecido meristemático apical que a planta possui desde a sua origem. A conexão do fruto com o talo da planta é feita através de um pedúnculo.
A casca do abacaxi é formada pela reunião das brácteas e sépalas das flores. Logo abaixo da casca, inseridos na periferia de depressões em forma de taça, podem ser encontrados restos de pétalas e de estames, enquanto de cada uma dessas depressões aparece um vestígio de estilete. Na superfície de um fruto descascado de um modo pouco profundo, os restos de estiletes dão ideia de espinhos. Por outro lado, quando o descascamento é feito de modo mais profundo, a superfície mostra-se toda perfurada, por ficarem expostas as lojas ou lóculos dos ovários dos frutilhos. Dentro de tais lojas, em se tratando de fruto de variedade cultivada, geralmente são encontrados apenas óvulos abortados, pois a formação de sementes é rara, por serem as flores autoincompatíveis. Todavia, por meio de polinização manual com pólen de outra variedade, não é rara a produção de duas mil a três mil sementes por fruto.
A parte comestível do abacaxi é a polpa, suculenta, formada pelas paredes das lojas dos frutilhos e pelo tecido parenquimatoso que os une, bem como pela porção externa ou casca do coração. De acordo com a parte da planta em que são produzidas, as mudas do abacaxizeiro são classificadas em quatro tipos:7
- Coroa – muda do ápice do fruto;
- Filhote – muda do pedúnculo;
- Filhote-rebentão – muda da região de inserção do pedúnculo com o talo da planta;
- Rebentão – muda do talo da planta.
O abacaxizeiro é planta muito sensível ao frio, mas resiste bem às secas. Embora seja planta tropical, nos dias de sol muito intenso, os frutos podem sofrer queimaduras, quando não são protegidos. Pode ser cultivado em qualquer tipo de solo, desde que seja permeável, isto é, não sujeito ao encharcamento; prefere, porém, solos leves, ricos em elementos nutritivos e com pH entre 4,5 e 5,5, ainda que tolere aqueles de pH mais baixo. É bastante exigente em nutrientes.
Geralmente, o florescimento natural do abacaxizeiro ocorre no inverno, por ser planta de dias curtos, ou seja, com a diminuição do fotoperíodo e ou redução da temperatura, a gema apical é induzida a produzir uma inflorescência ao invés de emitir folhas. O comprimento do ciclo natural pode variar de 10 a 36 meses, pois, além de condições climáticas, depende da época de plantio, do tipo e do peso das mudas utilizadas, e também das práticas culturais adotadas.
Tabela de valor Nutricional
Porção de 100g
Quantidade por porção (0 unidade) | % VD* | |
---|---|---|
Fosforo | 12,8mg | 2% |
Mangan�s | 1,6mg | 70% |
Magnesio | 18,4mg | 7% |
Calcio | 22,4mg | 2% |
Fibra alimentar | 1,0g | 4% |
Carboidratos | 12,3g | 4% |
Lipidios | 0,1g | - |
Proteinas | 0,9g | 1% |
Valor energetico | 48.3kcal = 203kj | 2% |
Ferro | 0,3mg | 2% |
Por�ssio | 131,3mg | - |
Cobre | 0,1ug | 0% |
Zinco | 0,1mg | 1% |
Riboflavina B2 | 0,0mg | 0% |
Tiamina B1 | 0,2mg | 14% |
Vitamina C | 34,6mg | 77% |
* % Valores diários com base em uma dieta de 2.000 Kcal ou 8.400kj. Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades.
Rank de nutrientes:
Nutriente | Nutriente | Frutas | |
---|---|---|---|
Valor energético | 607º de 756 | 56º de 99 | - |
Carboidratos | 338º de 599 | 51º de 99 | - |
Proteínas | 634º de 720 | 42º de 95 | - |
Fibra alimentar | 371º de 440 | 75º de 94 | - |
Cálcio | 294º de 635 | 21º de 96 | - |
Vitamina C | 53º de 229 | 29º de 88 | - |
Riboflavina B2 | 295º de 305 | 41º de 48 | - |
Tiamina B1 | 83º de 385 | 5º de 54 | - |
Ferro | 453º de 574 | 34º de 92 | - |
Magnésio | 266º de 570 | 21º de 93 | - |
Zinco | 473º de 543 | 40º de 85 | - |
Fósforo | 516º de 570 | 64º de 93 | - |
Cobre | 181º de 523 | 25º de 92 | - |
Manganês | 24º de 468 | 3º de 92 | - |
Potássio | 429º de 575 | 62º de 93 | - |
Lipídios | 486º de 530 | 57º de 77 | - |
Posição do nutriente em relação:
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